Vilarinha

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Ano: 2010 - 2012
Localização: rua da Vilarinha, Porto
Intervenção: 2 habitações unifamiliares
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A presente memória diz respeito ao licenciamento para um edifício destinado a albergar duas habitações unifamiliares, organizadas em forma de propriedade horizontal, a construir no terreno situado na Rua da Vilarinha n.º 668 / 670, Porto.

O terreno de acordo com o P.D.M. encontra-se classificado em Área de Habitação Tipo Unifamiliar e forma um rectângulo com uma área de 897,20m2, com uma frente de cerca de 22,50mts, elevada 3mts sobre a Rua da Vilarinha, e uma profundidade média de 47,00mts.

O lote encontra-se actualmente ocupado por duas casas antigas de construção pobre, sem valor arquitectónico de relevância, com entradas e números de Polícia distintos, contudo constituindo apenas um artigo único no Registo Predial. O restante terreno encontra-se cultivado com uma horta e não possui espécies arbóreas autóctones ou de valor significativo.
A construção do novo edifício prevê a demolição integral das construções existentes sobre o terreno, tanto á face da rua como nos fundos (anexos). Implantado mais ao centro, o novo corpo albergará duas habitações unifamiliares de tipologias t4.

A volumetria proposta cria um afastamento significativo do alçado frontal à rua de cerca de 12,5mts, procurando o alinhamento da casa vizinha a sul, ou como se poderá encontrar em outros exemplos na mesma rua, no correr das habitações em que se encontra integrada a casa Manoel de Oliveira, já em Vias de Classificação.
Este recuo permitirá abrir uma habitação orientada a Nascente e outra orientada a Poente, formando jardins mais harmoniosos e quadráticos, menos rectangulares, evitando uma repartição longitudinal do terreno que forçosamente formaria duas tripas, menos úteis, enquanto espaços do jardim.

As duas habitações serão divididas ao nível da cave longitudinalmente e ao nível dos andares transversalmente, garantindo a privacidade integral dos jardins na sua relação com cada casa.
Os acessos peatonal e automóvel serão feitos de forma independentemente a cada fogo, a partir da Rua da Vilarinha, sensivelmente 3mts abaixo da cota geral do terreno. As casas terão dois andares acima do terreno e uma cave. A última será escavada no terreno, cobrindo-se pontualmente por uma laje para extensão do jardim a Poente. Sob a construção formam-se assim alpendres ventilados e iluminados por grandes fossos de luz que comunicam directamente com a rua.

Arquiteto(a): Duarte Morais Soares
Equipa MSA: Telmo Gomes